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Marcelo Valmor
COLUNISTA DE O NORTE
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CURTA POLÍTICA
CURTA POLÍTICA
ANÁLISE POLÍTICA
O cientista político Rudá Ricci, aquele mesmo que chamou o ex-secretário de planejamento de Montes Claros, Antônio Dimas Cardoso, de preguiçoso, traçou um quadro para as eleições desse fim de ano pouco animador para a oposição. Entre outras coisas disse que se o PSDB não conseguir criar alternativas para o país, tende a ficar mais oito anos longe do poder.
VERGONHA
Louvável a iniciativa da Prefeitura em retomar o carnaval de rua. Mas só a intenção não bastou para fazer um carnaval pelo menos razoável. A despeito de todo o esforço do grupo que compõe a cultura desta cidade, o que se viu foi um amontoado de equívocos. Não me deterei em todos pela mais absoluta falta de espaço, mas as notas dadas aos blocos participantes deveriam ser dadas às claras e nomeando os respectivos jurados. Os homens e mulheres “convocados” para avaliar os melhores do carnaval são pessoas de bem. Mas ao aceitarem os critérios de avaliação, quase que colocaram seu nome e prestígio em jogo.
MEIO AMBIENTE
A luta de Edgard Pereira para salvar o rio Verde Grande teve final feliz. Com a inauguração da ETE pelo governo do Estado, o nosso rio será despoluído de vez. Estampou nas páginas do seu diário uma frase que se tornou símbolo de toda essa luta: “Salvem o Verde Grande” e agora vê todo esse esforço coroado.
CAMINHADA
A caminhada é prática mais do que recomendada para se ter uma saúde melhor. Na cidade já existem vários pontos para tal exercício. No Morada do Sol, no Parque Municipal, no Delfino Magalhães, e, agora, um dos lugares mais “visitados” é a avenida José Corrêa Machado. Apesar da presença da polícia nesses lugares, ainda é comum observar pequenos assaltos, atingindo, principalmente, as mulheres. Os carros em alta velocidade também deixam inseguros os praticantes da caminhada.
RUA GERALDA GOMES DA SILVA
Na rua Geralda Gomes da Silva, esquina com avenida José Corrêa Machado, foi instituído um bota fora. Entulhos e restos de árvores foram lançados naquela via, tornando impossível atingir o bairro Melo ou São Luiz através daquele local.
ESPECIALIZAÇÃO
Costuma-se dizer que o título de mestre ou doutor só se aplicaria àqueles que decidiram fazer carreira universitária. Ledo engano! A especialização é pedra fundamental para se garantir um serviço de melhor qualidade. Por isso mesmo, médicos, advogados, dentistas e engenheiros deveriam passar pelo crivo da especialização stricto sensu. O médico, o advogado, o engenheiro ou o dentista que você consultou nos últimos anos é um doutor de fato?
CIÊNCIA
Na Inglaterra, qualquer graduado é tratado como Senhor, sendo-lhe conferido o título de doutor somente após o término da sua especialização. Mais. No mestrado você vai conhecer ciência. Já no doutorado você vai produzir ciência. Manoel Luiz da Silva Cataldo, médico otorrino do IPSEMG, em Belo Horizonte, é doutor em cirurgia de nariz e pescoço. Sabe quanto que ele tem uma vaga para consulta particular? Se você insistir muito, daqui uns dois anos.
CEMIG
Tenho recebido algumas reclamações de cidadãos no que diz respeito a Companhia Energética de Minas Gerais-CEMIG. É fato que a estatal mineira é modelo em todo o país. É fato, também, que remunera bem os seus funcionários. Mas também é fato de que alguns serviços que presta deixam a desejar. A despeito de cobrar uma taxa de iluminação pública que não devia pesar no bolso do contribuinte, ainda demora cerca de sete dias úteis, conforme informação colhida por este articulista, para fazer a troca de uma lâmpada queimada em um poste. Qualquer prestador de serviço quando acionado pelo cliente tem, no máximo, 24 horas para corrigir o problema. Por que com a CEMIG é diferente?
REFLEXÃO
"A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la”.(Eduardo Galeano)
A PACIÊNCIA
O SÁBIO SAMURAI
Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho e sábio samurai aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade. Lá, o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos que conhecia, ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho sábio permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro desistiu e retirou-se.
Certa tarde, um guerreiro, conhecido por sua total falta de escrúpulos, apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação. Esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para observar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.
Desapontados pelo fato de o mestre ter aceitado tantos insultos e tantas provocações, os alunos perguntaram: — Como o senhor pôde suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que poderia perder a luta, ao invés de se mostrar covarde e medroso diante de todos nós?
Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente? — perguntou o Samurai.
A quem tentou entregá-lo — respondeu um dos discípulos.
O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos — disse o mestre. — Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a serenidade, só se você permitir!
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Basta!
Marcelo Valmor
Professor universitário e articulista
Ainda durante o Império (1822-1889), era comum D. Pedro II se ausentar da cidade do Rio de Janeiro, então capital do país, para fugir das epidemias tão comuns durante o verão e se refugiar na região de Petrópolis-RJ.
Mais de um século já se passou, mas ao contrário de D. Pedro II, a população de Montes Claros, para fugir da pior epidemia de dengue da sua história, não tem para onde correr. Convivendo com um índice de infestação pelo aedes aegypti em torno de 8%, a sociedade montesclarense assiste, impotente, a inúmeras justificativas para resolver o problema.
Entrando para o segundo ano de mandato do “novo” prefeito, com um secretário testado em vários órgãos públicos (nenhum voltado para a área de saúde), e com pouca ou quase nenhuma experiência em saúde pública, a prefeitura resiste em capitular diante do avanço de uma doença capaz de inutilizar o sujeito em torno de uma semana.
A frase “Dizem que errar é humano. Mas transferir o erro para os outros é mais humano ainda” parece que está sendo utilizada pelos gestores de saúde da cidade para explicar tal problema. Por isso mesmo, culpar a população da cidade pelo caos na saúde é, no mínimo, uma visão elitista e fora da realidade da cidade e do país. Afinal, os indicadores econômicos no que diz respeito à saúde são alarmantes. Basta dar um pulo na Santa Casa ou qualquer hospital da cidade para perceber que eles estão lotados de pacientes, na sua maioria, pobres. Basta também olhar para os indicadores na área de educação para constatarmos que a maior parte da população do país não lê, ou, quando lê, não consegue interpretar corretamente a informação que lhe chega. Basta olhar para o campo cultural e perceberemos que o acesso ao teatro, cinema e outros atrativos estão restritos àquele setor que dispõe de uma melhor condição financeira. Portanto, não mobilizar o Estado, seja ele estadual, federal ou municipal para combater essa epidemia é,
no mínimo, imaginar que vivemos na Bélgica ou em país desenvolvido similar.
Qual seria a solução, portanto? Segundo a secretaria de saúde, estariam disponibilizados para ir a campo e orientar a população, 300 fiscais de saúde. Por que não trabalharam durante todo o ano de 2009? Por outro lado, esse número dá para cobrir uma cidade que tem uma população em torno de 400.000 pessoas?
Que a população tem que fazer sua parte, disso não temos a menor dúvida. Mas o poder público tem que responder com políticas que garantam uma maior eficiência no controle dessa doença. O Jardim São Luiz, bairro de classe média alta, é um dos maiores focos de dengue da cidade. Por que, se os seus moradores dispõe de formação intelectual suficiente para ter consciência do problema? Por outro lado, o bairro Renascença também é um dos maiores focos. Quantos Jardins São Luiz cabem dentro do Renascença? Sem comparação! Por outro lado, onde estaria o maior problema envolvendo essas duas regiões? No São Luiz, a quantidade de casas fechadas para alugar é um indicativo, enquanto que na região do Renascença os lotes vagos são motivos de preocupação.
Antes de a prefeitura sair multando Deus e todo mundo (Lei 4182/2009), deveria exigir dos proprietários de lotes que os limpem e murem. No bairro Morada do Sol, atrás de uma concessionária de veículos, existe uma área a descoberto que mais se assemelha a uma chácara, e o proprietário, - que não sei quem é -, simplesmente não limpa e nem mura. Onde anda o poder público? No Maracanã também existem lotes em aberto e sujos. Também, onde anda o poder público?
A fala do secretário municipal de saúde, em depoimento à revista Tempo, número 48, de que é cômodo culpar o poder público por essa epidemia enquanto a população não faz sua parte é, no mínimo, não assumir suas responsabilidades, sair do seu gabinete e visitar, pessoalmente, as áreas mais atingidas pela doença, numa clara demonstração que de fato está preocupado com o problema.
Caso insista em administrar a saúde de Montes Claros a partir do seu gabinete, seria melhor que pedisse exoneração do cargo e passasse a responsabilidade para quem, de fato, anda preocupado com os rumos dessa cidade.
CIDADE IDEAL
Ontem, dia 31 de janeiro de 2010, fui sepultado em cova profunda, vítima de um exagero na feijoada e na rabada. Mas pelo menos morri satisfeito, comendo aquilo que sempre me consumiu a vida inteira: a gordura!
Mas durante a viagem ao céu, fiquei pensando que, enfim, haveria de conhecer a Montes Claros ideal, acreditando, evidentemente, na teoria de Santo Agostinho sobre a Jerusalém Celeste (perfeita) e a Jerusalém Terrestre (imperfeita).
Eis que ao desembarcar no além, (de ônibus, evidentemente), pude constatar que nada havia mudado, e o meu desapontamento com Santo Agostinho começou ali. Uma rodoviária do além que não deixava nada a dever a rodoviária terrestre. Sujeira, poluição visual e goteiras. Mas não cedi ao pessimismo e continuei a percorrer a Montes Claros Celeste.
Descendo a avenida Cula Mangabeira, constatei que aquela via, mesmo que no céu, ainda estava habitada por buracos e saliências que não permitiam ao expresso São Pedro fazer seu itinerário de forma tranqüila.
O interessante desse percurso feito no ônibus do Senhor é que não havia motorista, e cobrador, é claro. Mas o mais assustador é que a única alma dentro dele era exatamente a minha. Achei tudo estranho, mas como estava no céu...
O expresso continuou até o mercado municipal, onde, e também para meu espanto, a sujeira continuava a imperar. Mas as frutas e verduras ainda bem que se encontravam por lá, mesmo que dispostas no chão grosso e sujo.
O motorista, - eu disse motorista? -, enfim, quem conduzia o expresso passou ainda em revista pelo resto da cidade e pude constatar que a Montes Claros Celeste era idêntica à Montes Claros terrestre, e comecei a me inquietar diante daquilo tudo que li de Santo Agostinho. Não era possível que houvera sido enganado durante toda a minha existência terrena sobre os escritos dele. Não era possível!
Súbito, e depois de concluir uma volta em torno do centro da cidade, eis que nosso ônibus parou diante da prefeitura. A porta se abriu e, imediatamente fui transportado para as escadarias daquele local. Evidentemente que as forças divinas estavam tentando me dizer que as respostas para aquela imperfeição estariam dentro do paço municipal. E, sem medo, adentrei ao local. Fui recebido por três garotas. Uma chamava-se Divina, a segunda Cristina e a terceira Deise. Comunicaram que alguém estava a me esperar, já que o mesmo pressentira a minha angústia diante de tamanha identificação do céu com a terra.
Sentado em uma poltrona no terceiro andar encontrei o administrador daquele local. Meio confuso perguntei a ele o porque de estar ali na sua presença. E ele, mais do que depressa tratou de responder: -estou aqui para explicar o porque de tamanha confusão. A questão é que diante de tantos problemas herdados, não foi possível corrigir ainda as nossas imperfeições.
Argumentou que encontraram a cidade perfeita em frangalhos também. Que tinham muito trabalho e que eu esperasse um pouco para ver melhores resultados. Ponderei quando poderia observar esses frutos, e ele imediatamente respondeu: - Em outubro de 2012.
Intrigado com aquela figura que nunca havia visto tratei logo de perguntar: - Mas afinal quem é você? – Ora, eu sou Deus!
Quem sou.
COMECE BEM A SEMANA
É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca.
A maneira de ajudar os outros é provar-lhes que eles são capazes de pensar.
Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto porque eles são pobres, chamam-me de comunista.
Não me dou a penitências.Com todo respeito que me merecem os santos, não sou homem de autoflagelações... Não há penitência melhor do que aquelas que Deus coloca em nosso caminho.
Feliz de quem entende que é preciso mudar muito pra ser sempre o mesmo.
Se discordas de mim, tu me enriqueces.
MARA E EU
QUEM E RESPONSAVEL PELA EPIDEMIA DA DENGUE
ONDE CHEGAMOS
COTIDIANO
PERU ASSADO
Juntando cada moeda que lhe chegava às mãos, formou, aos 25 anos, um capitalzinho miúdo para o comum dos mortais e graúdo para os mais vivos. Comprou uma pipoqueira e enfiou a cara no trabalho. Não almoçava, jantava pedaços de pão, dormia no chão, andava de chinelos emprestados, não bebia, não fumava, não fazia aquilo, não gastava nada.
De pipoca em pipoca, ficou rico. Abriu conta no banco e briquitou, briquitou, até achar uma mulher que topou casar-se com ele. Para dizer a verdade, Lalá era uma putinha que serviia no cabaré de Roxa, mas uma putinha decente, de linha, digna como a mais fiel das mulheres. De tão apaixonado e contente, João Tristonho fez um festão no casório. Gastou mais que deputado mineiro na boate Sagytarius. Mas gastou satisfeito.
Já na noite de núpcias, sentiu o calor da disputa. "Bom demais!", repetia pros amigos. Trezentas e trinta e oito mil e duzentas e quinze rela-relas depois recobrou os sentidos e voltou à batalha. Só que não mais para o pool de pipocas, mas para a contravenção. Por influência da agora dona Lalá, montou uma banca de "empréstimos de emergência".
Os juros que cobrava eram tão altos que nem uma escada Magirius, do Corpo de Bombeiros, conseguiria alcançar. Para dizer qual era a taxa, João Tristonho abria as duas mãos e as balançava duas vezes. Se o freguês não se assustasse, emendava: "As quatro, mais as sombras no chão". Quer dizer, 40%. Se o cidadão era mais besta ainda, juntava os dedos dos pés e os juros subiam para 50%. Daí para mais.
Não foram poucas as vezes em que tomou a casa, o carro, o telefone, a fazenda, o lote, o botijão de gás, a geladeira e até o urinol do devedor. Quando o pobre coitado dizia que não tinha nada, mas nada mesmo, João Monstrengo tomava a mulher dele. Isto mesmo: zerava a dívida - cujo capital já fora zerado inúmeras vezes -, mas ficava com o patrimônio conjugal do inadimplente. Com isso, juntou muito mais dinheiro e um monte de mulheres. Pretas, brancas, vermelhas, amarelas, pardas, marrons, rosas, boninas, mulheres para todos os gostos, de todas as cores, tamanhos e formatos.
Durante muito tempo, João Monstrengo conseguiu manter seu harém escondido da ciumenta dona Lalá. Um dia, a malandragem veio a furo. Puto por ter os seus bens levados à praça pública pela ganância do agiota, professor Serapião, decano da cadeira de Português na Escola Normal, armou um flagrante colocando dona Lalá na fechadura, que escancarava mais uma sessão de pouca-vergonha do monstrinho, agora com a mulher do gerente do banco. Olhou e saiu, horrorizada!
Lá pelas duas da madruga, João Monstrengo chegou. Acordou a mulher com uns tapinhas no bumbum e pediu a ela para esquentar uma água. Não estava agüentando de cansaço, tadinho! Os pés estavam cheios de bolhas de tanto andar, disse. "Pois sim!", deu com a cabeça a mulher.
João Monstrengo tirou a roupa e se deitou de barriga para cima, nu e cabeludo. Dona Lalá demorou e ele caiu no sono. Calmamente, como uma montanha de gelo, dona Lalá pegou a panela quando a água já subia pelas paredes de tão quente. Pé ante pé, ca... mi... nhou até o quarto, riu baixinho e despejou a panela sobre o saco de João Monstrengo.
Ai!!!
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CURTA POLÍTICA
ADÃO
Depois de ter desafiado Deus e provado do fruto do pecado (razão), Adão e Eva foram expulsos do paraíso e condenados a viverem do suor da sua própria testa, ou seja, o trabalho seria o seu castigo. Milhares de anos se passaram desde que essa narrativa foi criada, mas o seu conteúdo moral parece sempre atual.
ARRUDA
O que anda acontecendo em Brasília (DF) nos faz relembrar a aventura do filho de Deus na Terra. Ao burlar as normas de votação do senado, o ex-senador Arruda teve seus direitos políticos ameaçados de cassação, e para não perder a condição de elegibilidade, admitiu o erro e renunciou para voltar a pecar novamente. Mas ao contrário de Adão, preferiu a corrupção ao trabalho.
BRASÍLIA
Brasília é um caso incomum na vida política e econômica nacional. Inicialmente foi uma exigência dos republicanos que a incluíram na constituição de 1891 como projeto. Aproximadamente sessenta anos depois foi preciso um sujeito do porte de Juscelino Kubstchek de Oliveira (1902-1976) para retirá-la do papel e batizá-la com o nome da nossa Brasília de Minas.
PLANALTO
Criada dentro do mapa do estado de Goiás, Brasília foi erguida para afastar os nossos governantes das pressões populares tão presentes no Rio de Janeiro até 1960. Outro fator que contribuiu para a construção da nova capital foi a tentativa de se ocupar o centro-oeste brasileiro.
SURREAL
Mas o que era um sonho e uma necessidade geopolítica tornou-se, ao longo do tempo, uma cópia do que representou Versalhes para a França. Um local destinado a abrigar e permitir todo o tipo de movimentação política. Por isso mesmo, a cidade ganhou uma Câmara Distrital, elege senadores e, para concluir, um governador também.
DISTÂNCIA
Enquanto a cidade convive com realidades distintas, já que é a meca da política nacional e porta de toda corrupção, é reconhecida, internacionalmente, como patrimônio histórico mundial. Nunca é demais lembrar que a cidade foi destinada aos políticos, enquanto que os trabalhadores que a ergueram foram confinados na sua periferia, as chamadas cidades satélites. Lamentável Brasília.
PMDB
O vereador Athos Mameluque (PMDB) recebeu uma parte considerável do PMDB regional no último fim de semana na Câmara Municipal. Assunto? A eleição do Diretório Estadual. O nome que o grupo de Mameluque se vincula é o do deputado Adalclever Lopes, e que tem no ex-governador Newton Cardoso um dos nomes de peso.
VITÓRIA
Ao que parece, e se as coisas não apresentarem surpresas, esse deverá ser o grupo vencedor do PMDB regional. E ao contrário do que alguns pensam, o partido não deve se dividir no apoio e composições visando as eleições de 2010. Processo semelhante de disputa ocorre com o PT, onde os grupos do ministro Patrus Ananias e do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel disputam o seu controle. Ou seja, passada a fase de disputas, as forças tendem a se reacomodarem e o fluxo político volta a normalidade.
OPINIÃO
Tenho recebido alguns e-mails de pessoas ora concordando com os nossos pontos de vista, ora discordando. Como sou de opinião de quem escreve está sujeito a essas “avaliações”, guardo, tanto uma quanto outra, como ensinamentos.
RECUPERAÇÃO
Recebemos, através de pessoas ligadas ao reitor da Unimontes, professor Paulo César Gonçalves de Almeida, notícias animadoras quanto à recuperação do seu filho André. Para quem ainda não sabe, André sofreu um grave acidente próximo à Diamantina, passou por um momento crítico, e agora começa a dar sinais - levando em conta o fato de ser jovem - de recuperação. Todos na Unimontes estão na torcida, e com fé, muita fé.
REFLEXÃO
"A maior corrupção se acha onde a maior pobreza está ao lado da maior riqueza”.(José Bonifácio de Andrada e Silva)
THIAGO DE MELO
vida verdadeira |
o
Por isso é que agora vou assim
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PROFESSORES
Mais importante do que estudar é ler”.
(Ziraldo)
Em artigo publicado na Folha de São Paulo (on line) do dia 01 de fevereiro último, o jornalista Gilberto Dimenstein, membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz, atesta, a partir de dados empíricos, que a profissão de professor entrou em uma falência absoluta.
Segundo ele, apenas 2% dos estudantes do ensino médio querem ser professores. Esse índice se aproxima de quase zero quando se trata de alunos de maior poder aquisitivo, e que estudam em escolas particulares.
Segundo o articulista, há dados ainda mais impressionantes. Segundo um relatório feito pela Fundação Getúlio Vargas a pedido da Fundação Victor Civita, os alunos recrutados para serem professores são oriundos, na sua absoluta maioria, das escolas públicas (90%) e com as piores notas. Para usar uma expressão do autor “o curso de licenciatura e pedagogia é, para muitos, a opção de quem não tem opção. O resto é apenas consequência”.
Essa realidade talvez pudesse ser constatada dentro das nossas próprias universidades. Há uma reclamação geral dos professores da área de humanas no que tange a formação dos alunos que recebem em suas salas de aulas. A maior crítica diz respeito a dificuldade em elaborar, num texto, uma série de conjunto de idéias (fundamental para quem vai ser professor). Por isso mesmo, e diante dessa carência na formação desses alunos no segundo grau, a culpa maior pela não aprendizagem nas universidades acaba por recair sobre os ombros do professor. Outro aspecto, ainda mais grave, diz respeito a falta de iniciativa dos alunos em procurar, através de estímulo próprio, os livros para poderem melhorar seu nível intelectual.
Talvez essas impressões do jornalista se restrinjam, somente, a área da grande São Paulo, onde ele recolhe a maioria das suas impressões. Mas uma pesquisa mais séria envolvendo o nosso universo de ensino, passando desde o segundo grau até a universidade, possa nos indicar aspectos semelhantes e, portanto, tratáveis a partir da realidade local.
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